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Avatar de Beatriz Abdalla

Essa newsletter veio na melhor hora, Claris. Faz um tempo que te acompanho e lembro quando você compartilhou que tinha decidido parar de beber. Tenho tentado o mesmo há muito tempo, mas sempre falho, ainda mais depois de um ano repleto de dates extremamente alcoólicos e amnésias frequentes. Ou até mesmo rolê com amigos - triste não lembrar das piadas e momentos engraçados que todo mundo comenta no dia seguinte. Só que depois de um final de semana regado à seleta, decidi tentar a ficar pelo menos um mês sem beber e ver como iria me sentir na presença dos outros sem 'lubrificação social'. Tive meu primeiro final de semana completamente sóbria, mesmo que as pessoas ao meu lado não estivessem. E cara, foi muito bom acordar no dia seguinte sem me sentir um lixo, e ver que sou capaz de me divertir simplesmente existindo ali. Uma coisa que as pessoas precisam saber é que não é necessário beber todos os dias pra ter um 'problema' ou 'questão' com álcool. O fato de você beber como um instrumento para conseguir vivenciar uma situação ou uma companhia, já põe em ficha que tem algo de errado ali - seja em você ou na relação com o outro. Aproveito para reforçar o que você disse, de tirar o peso da palavra 'alcoolatra'. Qual o problema de termos um problema? Todos nós temos vícios e escapismos. Conviver o tempo todo com a nossa mente (e com o mundo) é realmente difícil, mas não podemos desistir de buscar meios menos nocivos de lidar com nossas angústias e de entrar em contato com nosso eu.

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Avatar de Mariana Caldas

Gente, que relato incrível: vulnerável, poético, visceral e esperançoso ao mesmo tempo. Destaque para as referências às reuniões de A.A., à Vera Holtz e à Olivia que realmente devia ser inebriante, mas estava ocupando um espaço que não era dela.

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